quinta-feira, 29 de abril de 2010

Cãozinho precisando de um lar...





Bem, esse ai é o Tedy. Cãozinho que foi deixado ainda filhote com mais dois irmãos no Parque Lagoa do Nado em Belo Horizonte. Os irmãos não sei que fim levaram mas ele ainda resiste firme lá. Fazem três meses que tento cuidar dele da forma que posso lá no parque mesmo, só vou a BH duas vezes na semana e pelo visto ele só come quando vou por lá pois ele esta bem magrinho. Alguns animais que por ali circulam, jogam pedras e as vezes até uns chutes já vi também (isso porque só vou lá duas vezes).

Ele é uma otima companhia, adora brincar e correr. Alegra demais meus dias quando passo por lá, mas a situação pra ele ali dentro do parque está ficando muito dificil, na rua ele não vai pois tem muito medo, qualquer barulho já sai assutado e lá ninguem dá comida.

Gostaria que alguma alma caridosa pudesse adotar esse garotinho. Não posso garantir que vou conseguir ração pra ele, mas os remedios e as vacinas darei assim que ele conseguir um lar...

Se alguem estiver interessado favor ligar para :

8846 - 6206 - André

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Seja uma cereja...


Hoje, direi algumas verdades sobre as cerejas.
As cerejas são de longe a fruta mais atrevida do mundo.
Não que eu não goste das cerejas, eu até aprecio a cor, o formato discreto e pequeno e até o gosto me agrada, mas elas são intrometidas demais.
O motivo desta conclusão é único. Olhe um bolo.. pode ser um bolo de chocolate, que nada tem a ver com a cereja. Olhe de perto e quem você vê, lá no topo de tudo? Uma cereja em conserva!!!
No topo!!! Fincando a bandeira da dominação mundial das cerejas.

Elas querem o topo de tudo, verdadeiras alpinistas de comida. Estão no topo dos bolos, bolinhos e leitões a pururuca. Se misturam entre farofas e fios de ovos.
Até em drinks elas se infiltram. Estão tomando o lugar das azeitonas nos martinis. Pobres azeitonas.. humilhadas, despejadas e devoradas por pinguços fanfarrões.
E a cereja não pára só aí não. No Japão, sua flor, conhecida como sakura, representa a primavera e sua pureza. Virou marca até de molho shoyu. E o que a cereja tem a ver com o molho? Nada!!!


Mas e aí? Aonde eu quero chegar?


Às vezes nos surpreendemos com pessoas "pequenas" e delicadas... Já que para o atrevimento não precisa-se de cara e nem sempre de coragem!
Cada dia que passa mais e mais cerejas se proliferam por ai.. vão chegando devagarinho e tomando espaço sem que muitos consigam sequer perceber.
Quando nos damos conta o território já está DO-MI-NA-DO.
Acho que tá na hora de mudar algumas atitudes e me tornar uma voluptuosa, reservada e atrevida cerejinha.
Também quero chegar no topo desse "bolo", ora bolas.

Escondendo a capacidade e esperando a oportunidade!


Pois não há tangerina que desequilibre uma cereja.
Nada pode detê-las.
O mundo está perdido...

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Cadelinha precisando de ajuda...




Amigos protetores,

Venho mais uma vez pedir a ajuda de vocês para poder ajudar uma cadelinha. Por favor tenham paciência em ler o "testamento" abaixo, é muito importante.

Essa mocinha em anexo apareceu no sítio do meu tio, e ele a acolheu, pois na época morava no sítio. Tratava dela com ração, dava vacina e uma injeção anti-concepcional para evitar que ela procriasse, pois existem vários cachorros na região, e ela não ficava só no sítio, gostava de passear tbm. Bom acontece que ele veio embora para BH e colocou o sítio à venda. Resultado: Não trouxe a cadelinha, pois se mudou para um apartamento pequeno e não teve condições de trazê-la. O sítio ainda não foi vendido, e ela continua por lá, meu tio leva ração, meu pai ajuda tbm e ela continua bem tratada, na medida do possível. Agora ela está prenha, como podem ver pelas fotos e pelo estado dela (tirei as fotos ontem) ela não demora a ganhar os filhotinhos. Pessoal, preciso da ajuda de alguém que queira adotá-la, meu pai tbm tem sítio nessa cidadezinha (Bom Jesus do oeste, município de Conceição do Pará a 30 km de Pará-de-Minas), mas não tem caseiro, então não tem como ela ficar lá semanas inteiras sem alguém para tratar dela. Moro em BH num apartamento, ela é de porte grande e acostumada a ficar livre, não se adapta em apê. Ela é um doce de cadela, muito mansa, brincalhona e dá sinal, é perfeita para casa, ou sítio. Precisarei tbm doar os filhotes, senão serão vários a ficar sofrendo, sem comida e correndo todos os riscos de serem maltratados.

Estou desesperada, pois ela é uma cadelinha muito especial!

Sei da dificuldade de todos, me comprometo a arcar com a ração e medicamentos necessários e tbm a trazê-la para BH, só não tenho onde deixá-la. Sábado irei novamente para o sítio para ver como ela está e se já nasceram os bebês, tbm vou levar vitamina, ração e cobertor para ela dormir. O ideal seria trazê-la para BH antes do nascimento dos filhotes, mas se não for possível, farei o possível em mantê-la pelo menos alimentada.

Alguém pode me ajudar nesse caso? Como podem ver, é urgente tirá-la de lá, pois ela não pode ter os bebês tão desamparada e eu não posso ir todo fds para cuidar deles.

Por favor, alguém me ajude a ajudá-la.

Ana

31 - 93010667

domingo, 11 de abril de 2010

Por que os gays são gays?



Batman ou Robin? Por que é que algumas pessoas se interessam por outras do mesmo sexo?
Eduardo Szklarz
Bar depois do expediente, cervejinha gelada, papo animado sobre colegas de trabalho. De repente, alguém faz a revelação bombástica: "Sabe o fulano? É gay!" Você provavelmente já participou de uma conversa como essa. Ela acontece todos os dias, nos melhores bares e também nas melhores famílias. Depois do silêncio, a mesa se divide entre os completamente surpresos e os que "sempre tiveram certeza, estava na cara que ele era". Até que alguém finalmente pergunta: "Mas por quê? O que levou fulano a ser diferente da maioria?" E começa a rodada de especulações: "A culpa é da mãe repressora." "Ele foi violentado pelo pai." "Não gostava de futebol." "É genético, desde pequeno tinha trejeitos afeminados." "Só é gay porque está na moda."

Pois as mesas de bar mais uma vez provam estar entre as entidades mais antenadas do planeta. O debate sobre a origem da orientação sexual é hoje um dos mais quentes da ciência - e também um daqueles em que os resultados parecem mais surpreendentes. Historicamente, as respostas se dividiam entre os que defendiam que uma pessoa nasce gay e as que sustentavam que nos tornamos gays, bi ou heterossexuais dependendo do ambiente em que vivemos.

Mas, nos últimos anos, pesquisadores começaram a apontar novos - e surpreendentes - caminhos. As maiores novidades vêm dos estudos biológicos. Eles indicam que a formação da sexualidade acontece antes do nascimento - em parte pelos genes, mas também por fatores que atuam no desenvolvimento do feto. Não há nada comprovado e ainda falta muito a ser desvendado, especialmente sobre a influência do ambiente onde a criança é criada em sua sexualidade. Mas as evidências estão causando uma revolução no pensamento científico. E se comprovadas, poderão subverter noções básicas que construímos ao redor dos gays.

Que importa?

Muita gente acredita que a ciência deveria deixar essa polêmica de lado. O argumento é que gays existem e pronto - não há nada além disso para entender. Para elas, perguntar sobre o que leva uma pessoa a ser gay é uma atitude preconceituosa que supõe que a heterossexualidade não precisa de explicação. Cientistas, no entanto, defendem a necessidade de pesquisa, argumentando que elas podem acabar - ou pelo menos diminuir - preconceitos. "Os homossexuais são muitas vezes acusados de exibir um comportamento não natural. A única maneira de refutar essa acusação é pesquisar as causas das diferentes orientações sexuais", diz a bióloga transexual Joan Roughgard, professora da Universidade Stanford e autora do livro Evolution's Rainbow ("Arco-Íris da Evolução", sem tradução em português), em que analisa cerca de 300 casos de comportamento homossexual entre animais. Para o antropólogo Luiz Mott, presidente do Grupo Gay da Bahia, as pesquisas são importantes porque desconstroem a noção religiosa milenar de que homossexualidade é um comportamento diabólico e patológico. "Se comprovarem que há uma raiz genética, estará claro que a homossexualidade está nos próprios desígnios do Criador", afirma.

Outro argumento pró-pesquisas diz que saber a origem do próprio comportamento aplaca um pouco a ansiedade. "Vemos a preocupação do homossexual em não ser discriminado, mas também a dos pais, que se sentem responsáveis e querem entender até que ponto esse sentimento procede", diz Carmita Abdo, psiquiatra do Hospital das Clínicas de São Paulo e coordenadora do projeto Sexualidade, maior pesquisa já feita sobre os hábitos sexuais dos brasileiros.

As tentativas de explicar a origem da homossexualidade incluem teorias que vão da mitologia à sociologia. No século 19, psiquiatras concluíram que ser gay era um transtorno mental causado por equívocos na criação da criança - e essa idéia reinou na maior parte do século 20. Mas se essa teoria estivesse correta, então seria possível evitar e até reverter quadros homossexuais. Ao perceber o fracasso total das terapias de "cura", em 1973, a Associação Psiquiátrica Americana achou melhor retirar de sua lista de distúrbios mentais a atração sexual por pessoas do mesmo sexo. Foi quando o termo mudou de nome: homossexualismo deu lugar a homossexualidade - porque o sufixo "ismo" denota doença. A essa altura, os cientistas já consideravam ser gay uma variação absolutamente natural do comportamento humano.

Até que em 1991 o neurocientista anglo-americano Simon LeVay, gay declarado, anunciou ter encontrado diferenças em cérebros de homens gays e héteros. LeVay examinou o hipotálamo, zona-chave da sexualidade no cérebro, e descobriu que a região chamada INAH-3 era entre 2 e 3 vezes menor nos gays. Era a primeira indicação da origem biológica da homossexualidade. Mas, como várias pesquisas da área, a de LeVay tinha limitações: os gays do estudo haviam morrido em decorrência da aids e talvez a doença fosse responsável pela diferença. E, mesmo que essa diferença não estivesse relacionada com a aids, era impossível determinar se ela era causa ou conseqüência da experiência gay. Apesar das dúvidas, a descoberta abriu caminho para estudos que reforçam a suspeita de que a homossexualidade vem do útero. "Minhas pesquisas sugerem que algo acontece muito cedo na vida dessas pessoas, provavelmente na vida pré-natal", diz LeVay.

Mas o quê? Parte da resposta veio em 1993 com as pesquisas de Dean Hamer, do Instituto Nacional do Câncer, nos EUA. Hamer percebeu que dentro das famílias havia muito mais gays do lado materno. A descoberta atraiu sua atenção para o cromossomo X (mulheres têm dois cromossomos X, enquanto os homens têm um X e um Y). Em seguida, a descoberta: usando um escâner, Hamer viu que uma região do cromossomo X, a Xq28, era idêntica em muitos irmãos gays. O que ele descobriu não foi propriamente um único gene gay, mas uma tira de DNA transmitida por inteiro. A notícia provocou rebuliço, e não era para menos. Mesmo contestada por outros estudos, a conexão entre genes e orientação sexual sugere que as pessoas não escolhem ser homossexuais, mas nascem assim. A comunidade gay começou a ver na ciência a resposta contra a idéia de que seu comportamento era "antinatural".

Resposta genética?

Patrick e Thomas são gêmeos, têm 7 anos, olhos azuis e cabelo ondulado. Cresceram na mesma casa, criados pelos mesmos pais. À primeira vista, é impossível distingui-los. Mas passe algum tempo com eles e você verá que Patrick é sociável, atento e pensativo, enquanto Thomas é espontâneo e adora brincar de luta. Quando tinham 2 anos, Patrick encontrou os sapatos da mãe e gostou de calçá-los. Aos 3, Thomas disse que o revólver de plástico era seu brinquedo favorito. Aos 5, Thomas se fantasiou de monstro no Halloween; Patrick quis se vestir de princesa. Ridicularizado pelas risadas do irmão, decidiu ser Batman. Patrick sempre brincou entre meninas, nunca meninos. Os pais deixaram que ele fosse ele mesmo em casa, mas mantiveram alguns limites em público com medo de que seu comportamento feminino o expusesse. Funcionou até o ano passado, quando o orientador da escola ligou dizendo que ele deixara os colegas incomodados: insistia que era uma menina.

A história de Patrick e Thomas foi revelada pelo jornal Boston Globe. Como os demais gêmeos univitelinos (gerados pelo mesmo óvulo), os garotos são clones genéticos. Se a homossexualidade fosse mesmo causada por um cromossomo, os dois deveriam ter a mesma orientação sexual. Segundo estudos recentes, como o do psiquiatra americano Richard Green, garotos como Patrick têm até 75% de possibilidade de ser homossexuais quando adultos. Thomas aparenta ser heterossexual.

O caso de gêmeos com orientação sexual diferente mostra que, sozinha, a genética não explica a homossexualidade. Mas isso não significa que a criação tem todas as respostas. Afinal, antes mesmo de falar, Patrick já exibia traços femininos. Há mais dicas nessa charada: os pesquisadores americanos Michael Bailey, da Universidade Northwestern, e Richard Pillard, da Universidade de Boston, analisaram gêmeos e viram que, entre bivitelinos, se um deles é gay, o outro tem 22% de possibilidade de também ser. Para os univitelinos, a probabilidade sobe para 52%.

São números bastante superiores à taxa de homossexualidade entre a população, que seria de 10% de acordo com o famoso e polêmico Relatório Kinsey, dos anos 40, e entre 2% e 5% segundo pesquisas mais recentes. Bailey e Pillard, portanto, praticamente provam a existência de um componente genético para a homossexualidade. Ao mesmo tempo, praticamente provam, também, que os genes não dão conta de tudo. "Os estudos com gêmeos feitos até agora nos permitem uma estimativa de que até 40% da orientação sexual venha dos genes", diz o pesquisador Alan Sanders, da Universidade Northwestern, EUA. Para aprofundar suas pesquisas, Sanders está recrutando voluntários, inclusive brasileiros, para o maior estudo genético sobre homossexualidade já realizado. "A meta é selecionar
1 000 pares de irmãos gays bivitelinos", afirma. "Em irmãos assim, espera-se uma variação genética de 50%. Vamos analisar todo o genoma para saber se a variação é maior."

O que mais está em jogo?

Se os genes não explicam tudo, que outros elementos explicariam? Um deles parece ser o desenvolvimento biológico do feto ainda no útero. E é dessa área que vêm saindo as pesquisas mais promissoras. Uma delas é a teoria dos hormônios pré-natais. A idéia é que os hormônios sexuais masculinos (andrógenos) se conectam às partes responsáveis pelos desejos sexuais no cérebro e influenciam seu crescimento, tornando o cérebro mais tipicamente masculino ou feminino. A conexão dependeria das proteínas receptoras de andrógenos (AR, na sigla em inglês). Imagine que cada célula do cérebro seja uma casa. As ARs funcionariam como o portão dessas casas, que controla a entrada de pessoas. Sabe-se que a quantidade e a localização desses portões são diferente nos homens e nas mulheres. Cientistas já constataram, por exemplo, que o hipotálamo masculino tem mais ARs que o feminino.

Essa teoria supõe que a homossexualidade nos homens é causada por "portões" que restringem a entrada de andrógenos nas regiões responsáveis pela sexualidade, formando um cérebro submasculinizado. Nas mulheres, esses portões facilitariam entradas maiores, construindo uma estrutura supermasculinizada. Tudo conseqüência do número de ARs de cada feto - o que talvez se deva à carga genética.

Os cientistas advertem que esse processo é complexo. Em todo caso, as pistas da ação dos hormônios pré-natais estão por todo lado. Por exemplo, na nossa mão. Homens geralmente têm o dedo indicador um pouco menor que o anular, enquanto nas mulheres o comprimento costuma ser igual. Richard Lippa, da Universidade Estadual da Califórnia, notou que essa diferença no tamanho dos dedos tende a ser maior nos gays que nos héteros. Em outra pesquisa, Dennis McFadden, da Universidade do Texas, observou que lésbicas são menos sensíveis que as outras mulheres a sons baixos.

Mas é preciso cautela: correlações entre interesse sexual e traços físicos estão longe de ser provadas. Também vale lembrar que os hormônios importantes não são os que circulam no nosso sangue quando adultos - cujos níveis são iguais em homossexuais e héteros - mas os que atuaram no período de gestação.

O novo desafio dos pesquisadores é entender quais as origens de um fenômeno recém-descoberto: a existência de irmãos mais velhos parece afetar a sexualidade dos mais novos. É o chamado "efeito big brother". O cientista canadense Ray Blanchard acompanhou 7 mil pessoas e viu que a maioria dos gays nasce depois de irmãos homens e heterossexuais. Blanchard e o colega Anthony Bogaert calcularam que cada irmão mais velho aumenta em 33% a possibilidade de o menor ser gay. Um garoto com 3 irmãos mais velhos tem o dobro de possibilidade de ser gay que outro sem irmão mais velho. Um garoto com 4 irmãos mais velhos tem o triplo. Ter irmãs mais velhas não altera a probabilidade de o menino ser gay.

Para alguns, a explicação está na convivência familiar: depois de dar à luz vários homens, a mãe trataria o caçula como a menina que ela não teve. Os irmãos mais velhos também tenderiam a "dominar" o mais novo, influindo em seus sentimentos sobre si e os demais. Outra hipótese vem da biologia. "Os fetos masculinos talvez acionem uma reação imunológica na mãe ao produzirem substâncias que ameaçam seu equilíbrio hormonal", diz o cientista Qazi Rahman, da Universidade de East London. Segundo ele, o corpo da mãe acionaria um alarme para produção de anticorpos contra proteínas ou hormônios do bebê. Cada novo feto masculino intensifica a resposta, e o acúmulo de anticorpos redirecionaria a diferenciação tipicamente masculina para uma mais feminina, gerando orientação homossexual nos filhos seguintes.

Como os outros pesquisadores, Rahman não nega que fatores ambientais possam entrar na equação. O problema é que ninguém sabe exatamente quais são eles. Não há provas, por exemplo, de que o abuso sexual na infância causa homossexualidade. O número de gays não é maior em lares chefiados por mulheres nem entre filhos criados por casais gays. Tampouco há mais casos de homossexualidade após períodos de guerra, quando os pais se ausentam de casa, o que enfraquece as hipóteses sobre dinâmicas familiares. Nem mesmo a teoria de Sigmund Freud encontra sustentação científica. O pai da psicanálise dizia que mães superprotetoras e pais ausentes poderiam levar o filho a ser gay. Mas ao invés de encontrar a causa, Freud possivelmente enxergou a conseqüência: a superproteção da mãe não seria a origem da homossexualidade, mas um ato de defesa para um filho que é rejeitado pelo pai por se comportar, desde cedo, de maneira feminina. Antes que você deixe de lado as explicações psicológicas, é bom ler o que vem a seguir.

Do exótico ao erótico

"Fatores biológicos (como genes e hormônios) são certamente responsáveis por mais de 50% da orientação sexual", diz Dean Hamer. Ou seja: até mesmo o pai do "gene gay" admite que há espaço para fatores psicológicos. É justamente por apostar na interação entre biologia e ambiente que a teoria "exótico se torna erótico" vem chamando a atenção dos estudiosos. Seu autor, o psicólogo Daryl Bem, da Universidade Cornell, no estado de Nova York, afirma que os indivíduos são atraídos por outros de quem se sentiram diferentes na infância. Daryl diz que fatores biológicos atuam na formação da sexualidade ao agir sobre o temperamento da criança, predispondo-a a realizar certas atividades mais do que outras.

Assim, um menino que gostar de luta, futebol e esportes competitivos tipicamente masculinos conviverá num grupo com o mesmo perfil. Outro garoto que preferir bonecas e socialização mais calma, tipicamente feminina, encontrará colegas que também preferem a Barbie. Para esse garoto que convive entre amiguinhas e brinca com bonecas, a figura exótica que despertará sua atenção sexual será um menino. No caso de meninas homossexuais, se inverteriam os papéis. "Isso ocorre porque nossa sociedade polariza as diferenças de gênero. Se não as polarizasse tanto, mais homens e mulheres escolheriam parceiros com base em outros atributos além do sexo biológico", diz Daryl.

Isso significa que, apesar de a ciência estar caminhando para a noção de que a homossexualidade é inata, a biologia não é completamente determinante. "Essa predisposição para a homossexualidade vai se manifestar ou não dependendo das experiências de vida da pessoa", diz a psiquiatra Carmita Abdo. Tudo indica que a homossexualidade é mesmo o resultado da interação de 3 fatores: biológicos, psicológicos e sociais, mesmo que esses dois últimos ainda precisem de mais evidências. Enquanto elas não aparecem, é melhor você ser menos taxativo nas suas conversas de mesa de bar.

Terapia para gays?

Robert Spitzer é o psiquiatra que encorajou a Associação Psiquiátrica Americana a retirar a homossexualidade da lista de transtornos mentais. Graças a ele, não se pode dizer hoje que ser gay é doença. Por isso, Spitzer causou espanto ao afirmar, em 2001, que sessões de terapia podem mudar a orientação sexual de um gay. Ele chegou a essa conclusão ao entrevistar pessoas que diziam ter deixado a homossexualidade após o tratamento. "A medicina não trata apenas das doenças", diz.

A Super conversou com Ben Newman, diretor de um site que oferece apoio não religioso a pessoas que querem mudar de orientação sexual. "Com um terapeuta que entendia o que eu passava e respeitava meus valores descobri que não tinha desejo por sexo, mas uma necessidade de amizade e identidade masculinas", diz Newman. Mas é preciso extrema cautela nesse assunto. Muitos psicólogos dizem que a pesquisa de Spitzer tem problemas metodológicos. "Terapias de conversão não funcionam e só causam mais sofrimento", diz a psicóloga Adriana Nunan, da PUC-RJ. O Conselho Regional de Psicologia desaconselha tratar a homossexualidade. "O que se trata é o desconforto de ter essa condição", diz a psiquiatra Carmita Abdo.

O gene gay e a evolução

O desafio dos que apóiam uma base genética para a orientação sexual é explicar a permanência e adaptação dos genes gays ao longo da evolução. "Ser atraído pelo sexo oposto é útil porque leva o indivíduo a gerar filhos - por isso os genes da heterossexualidade dominam o planeta. Mas como os genes da homossexualidade também parecem existir, é provável que sirvam ou tenham servido a algum valor reprodutivo ao longo da evolução", diz o cientista inglês Qazi Rahman. Talvez os animais possam dar a resposta. O biólogo americano Bruce Bagemihl analisou 450 espécies e constatou que elas não fazem sexo só para produzir filhotes. Mais de 70 tipos de aves e 30 de mamíferos "casam-se" com indivíduos do mesmo sexo. Muitas vezes, para ter prazer.
Para a bióloga Joan Roughgarden, a homossexualidade é um traço natural que mantém indivíduos unidos através do contato. Para ela, não há diferença entre jogadores de futebol que se tocam para funcionar melhor como equipe e duas pessoas que se acariciam intimamente. "Estamos muito preocupados com o contato genital, mas tudo não passa de intimidade física", diz.

Equívoco no divã

Não é que Freud errou ao dizer que gays eram filhos de mães superprotetoras. Mas o pai da psicanálise pode ter enxergado a conseqüência ao invés da causa.

Brincando de barbie

Muitos meninos se interessam cedo por roupas, brinquedos e atitudes femininas. Quando eles crescerem, garotos vão representar um mundo misterioso, cheio de novidades. E, segundo uma nova teoria, extremamente sexy.

Para saber mais

Born Gay
Glenn Wilson e Qazi Rahman, Peter Owen, Londres, 2005

www.ingentaconnect.com/content/klu/aseb
Archives of Sexual Behaviour (Arquivos de comportamento sexual)

www.gaybros.com
Site da pesquisa genética que vai contar com 1 000 pares de irmãos gays e busca participantes do Brasil.

sábado, 10 de abril de 2010

Cocker Orfão precisa de um novo lar...





ESTE AÍ É O PEPÊ, E SUA HISTÓRIA É A SEGUINTE.

TINHA COMO DONA UMA SENHORA IDOSA, QUE O ESTIMAVA E O TRATAVA BEM.

ELA FALECEU, E OS PARENTES DE SUA DONA O JOGARAM NA RUA. ELE ESTÁ VIVENDO NA RUA HÁ APROXIMADAMENTE 7 MESES.

DEPOIS DE 3 MESES DE ABANDONO, EM PELE E OSSOS E COM O CORPO COBERTO DE FERIDAS, CHEGOU NA PORTA DE UM MERCADINHO EM BETIM, E O DONO PASSOU A OFERECER-LHE ÁGUA E COMIDA.

PASSOU A “MORAR” DEBAIXO DA MARQUISE DO MERCADINHO, E SE RECUPEROU COMPLETAMENTE. ANDAVA MANCANDO POR CAUSA DE UM ATROPELAMENTO ANTERIOR.

NA QUINTA FEIRA, DIA 18/02, FOI NOVAMENTE ATROPELADO, DESTA VEZ POR UM CARRO QUE PASSOU SOBRE ELE E NEM SEQUER PAROU, DEIXANDO-O COM VÁRIAS ESCORIAÇÕES E HEMATOMAS.

PASSOU A NOITE DEBAIXO DA MARQUISE, CHORANDO E GEMENDO DE DOR. FOI SOCORRIDO SOMENTE NA SEXTA-FEIRA, NO FINAL DA TARDE.

ESTÁ EM TRATAMENTO NA VETERINÁRIA ALÍPIO DE MELO, NA RUA DOS GEÓLOGOS, Nº 277, BAIRRO ALÍPIO DE MELO, E FICARÁ BEM.

PRECISA DE ADOÇÃO COM URGÊNCIA, JÁ QUE NÃO TEM ONDE FICAR, DEPOIS DA ALTA MÉDICA.

É MUITO, MUITO DÓCIL E HUMILDE. CONVIVE MUITO BEM COM CRIANÇAS E OUTROS CÃES.

CONTATO PARA ADOÇÃO:

3477.7602

terça-feira, 6 de abril de 2010


Entrevista exclusiva com Dr. Marcel Benedeti, sobre o destino espiritual dos animais
Este foi o título escolhido pelo autor e veterinário Marcel Benedeti para o livro que relata a reencarnação dos animais, a eutanásia, o sofrimento como forma de evolução desses seres, a existência de colônias que cuidam dos animais no plano espiritual e outras questões importantes.
A obra foi uma das premiadas no Concurso Literário Espírita João Castardelli 2003-2004, promovido pela Fundação Espírita André Luiz. Esse foi o primeiro livro do autor que se especializou em homeopatia para animais e conheceu a doutrina espírita na época em que cursava a faculdade, apesar de sua mediunidade ter se manifestado muito antes desse período. Marcel relata que quando trabalhava em uma livraria e se preparava para prestar vestibular, em um dia de pouco movimento, foi para a parte de baixo da loja estudar e notou que estava sendo observado por um senhor. Resolveu perguntar se o senhor desejava alguma coisa e ele lhe respondeu que só estava achando interessante ele estudar, então explicou que queria passar no vestibular de veterinária e o velhinho disse que não se preocupasse porque passaria. Previu também outros fatos que aconteceriam.
Em seguida se despediu dizendo que se veriam depois. Após alguns instantes comentou com seu colega de trabalho que tinha achado aquele homem esquisito por fazer previsões do futuro. O colega disse que não havia entrado ninguém na livraria, foi então que se deu conta de que se tratava de um espírito. Este mais tarde é que lhe ditaria o livro.
O tema da obra fez tanto sucesso que se transformou também em programa de rádio. Nossos irmãos animais vai ao ar toda quarta-feira, às 13h na Rede Boa Nova. Com apresentação de Ana Gaspar, Maria Tereza Soberanski e Marnel Benedeti.

Como o livro foi escrito?
Escrevi o livro em menos de um mês, durante os intervalos das consultas, mas o espírito que ditou não quis se identificar. As cenas foram surgindo em uma tela mental e ao mesmo tempo um espírito narrava os episódios. Outras vezes, não havia imagem, apenas a narrativa; nesses momentos se tornava mais difícil. Apesar de achar o livro maravilhoso, não acreditava que alguma editora pudesse se interessar pelo assunto. Mas certo dia estava ouvindo a rádio Boa Nova quando anunciaram o concurso literário espírita. Resolvi participar e acabei ganhando o concurso 2003-2004 e editando o livro pela editora Mundo Maior.

O que o livro acrescentar para os veterinários e pessoas que possuem animais?
Se as pessoas não tiverem a visão espiritual em relação aos animais, que eles tem espírito e sentimentos vão continuar tratando esses seres como objetos, como era há pouco tempo atrás. Essa onda de conscientização é recente.
Entramos na questão também de comer carne; cada um tem que perceber o que está fazendo. Eu mesmo comia carne e parei para pensar porque comia, se meu corpo recusava, me fazia mal... Mas quando comecei a lembrar as descrições feitas no livro a respeito do matadouro, passei a sentir repugnância da carne.

Sendo veterinário e espírita, como analisa a questão da eutanásia?
O ser humano tem o carma, o animal não. O animal tem consciência, mas muito mais restrita, em relação ao ser humano. Ele segue muito mais os seus instintos.
Então, como não tem carma, a eutanásia deve ser o último recurso utilizado; o veterinário deve fazer todo o possível para salvá-lo.
Se o animal estiver sofrendo muito e não existir outra maneira, o plano espiritual não condena, porque é um aprendizado tanto para o animal quanto para o dono que precisa tomar a decisão.

Os animais reencarnam?
Há um capítulo no livro que explica como ocorre a reencarnação dos animais. Este descreve que cada espécie de animal leva um tempo para reencarnar, mas por possuírem o livre-arbítrio ainda muito restrito, uma comissão avalia as fichas dos animais e estabelece o ambiente que deverão nascer e a espécie.

Como o conhecimento espiritual pode ajudar o veterinário no trato com os animais?
O veterinário, em geral, por natureza, mesmo não sabendo já é espiritualizado, pelo fato de gostar de animais e querer salvar a vida deles. Quando o veterinário adquire consciência de que o animal não é um objeto e sim um ser espiritual, que possui inteligência e sentimento, muda o seu ponto de visa, passa a enxergar os fatos de uma forma mais ampla. Com certeza se mais veterinários tivessem um conhecimento espiritual, o tratamento em relação aos animais seria melhor.

Como é aplicada a homeopatia para animais?
No Brasil, a homeopatia ainda é pouco aplicada nos animais porque muitos acham que não funciona. Só utilizo a homeopatia quando o dono do animal permite e, em casos mais graves, a homeopatia entra como terapia complementar, porque demora um pouco mais para trazer resultado e alguns casos são urgentes.
O uso da homeopatia é igual tanto para pessoas quanto para animais. A única diferença é que o animal não fala, então o dono precisa ser um bom observador para relatar a personalidade do animal para o veterinário, e muitas vezes, não possui as informações necessárias para um diagnóstico mais preciso. Pergunto, por exemplo, se o animal gosta de quente ou frio, do verão ou do inverno, a posição em que dorme, entre outras perguntas do gênero.
Tive o caso, de um gato com câncer e que em decorrência da doença estava com o rosto deformado. Como tratamento ele melhorou 70%. Só não foi melhor porque esse gato saia e demorava a voltar e com isso interrompia o tratamento. Cuidei também de um cachorro com problema de comportamento muito; agressivo. O animal, depois de 10 dias, parecia outro, muito mais calmo. Utilizo também florais para animais em casos emocionais. Se nós equilibramos emocional, o organismo ganha condições combater as bactérias.

E os próximos livros?
Já tenho na editora outro livro em análise que tem o título: Todos os animais são nossos irmãos. E já estou escrevendo o terceiro. Pelas informações que recebi do plano espiritual, serão seis livros.

Entrevista publicada na Revista Cristã de Espiritismo, ed. 29, em 2004.
Dr. Marcel Benedeti desencarnou em fevereiro de 2010.

sábado, 3 de abril de 2010


Ser Veterinário não é só cuidar de animais.
É sobretudo amá-los não ficando somente nos padrões éticos de
uma Ciência Médica.
Ser Veterinário é acreditar na imortalidade da natureza e
querer preservá-la sempre mais bela.
Ser Veterinário é ouvir miados, mugidos, balidos, relinchos e
latidos, mas principalmente entendê-los e amenizá-los.
É gostar de terra molhada, de mato fechado, de luas e chuvas.
Ser Veterinário é não se importar se os animais pensam, mas
sim, se sofrem.
É dedicar parte de seu ser à arte de salvar suas vidas.
Ser Veterinário é aproximar-se de instintos.
É perder medos.
É ganhar amigos de pêlos e penas, que jamais irão decepcioná-lo.
Ser Veterinário é ter ódio de gaiolas, jaulas e correntes.
É perder tempo apreciando rebanhos e vôos de gaivotas.
É permanecer descobrindo, através dos animais, a si mesmo.
Ser Veterinário é ser o único capaz de entender rabos
abanando, arranhões carinhosos e mordidas de afeto.
É sentir cheiro de pêlo molhado, cheiro de almofada com
essência de gato, cheiro de baias, de curral de esterco.
Ser Veterinário é ter coragem de penetrar em um mundo
diferente e ser igual.
É ter a capacidade de compreender gratidões mudas, mas, sem
dúvida alguma, as únicas sinceras.
É adivinhar olhares, é lembrar de seu tempo de criança, é
querer levar para casa todos os cães vadios sem dono.
Ser Veterinário é conviver lado a lado com ensinamentos
profundos sobre o amor e a vida.
“Todos podem formar em Veterinária, mas nem todos
serão Veterinários”.

Vamos dar uma força para essa menina ai gente...
Valeu